Poder do dinheiro
Nimesulida vai continuar à venda em Portugal
O medicamento anti-inflamatório mais vendido em Portugal para as dores reumáticas, que foi retirado do mercado irlandês, vai continuar à venda em Portugal, pelo menos até segunda-feira, data em que a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) se vai reunir, confirmou o Infarmed.
Hélder Filipe afirmou à TSF que considera que os perigos deste anti-inflamatório, que tem a nimesulida como princípio activo e que poderá provocar reacções hepáticas graves, são já há muito conhecidos e expectáveis, sublinhando que «a EMEA vai avaliar a segurança do fármaco».
Na Irlanda, o uso da nimesulida tem sido associada a casos de falha hepática, o que levou as autoridades a retirarem o medicamento do mercado, isto depois de os fármacos com este princípio activo terem sido suspensos em Espanha e na Finlândia em 2002.
Em 2004, o Infarmed tinha emitido uma circular em que admitia que o «risco de ocorrência de reacções adversas hepáticas associadas à administração da nimesulida é talvez o principal problema de segurança do medicamento».
A substância será analisada na segunda-feira, numa próxima reunião do Comité de Especialidades Farmacêuticas de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento.
(Díario Digital, 18.05.2007)
Há já muito tempo que se conhecem os efeitos nefastos desta (e de muitas outras…) substância, mas não deixa de ser, como a peça bem lembra, o anti-inflamatório mais vendido em Portugal. Aliás, a juntar aos antibióticos, receitados sem qualquer contenção por clínicos que, na generalidade, são mal formados, os anti-inflamatórios são dos principais abusos em termos de medicação, com consequências nefastas a vários níveis. Não é raro uma pessoa queixar-se ao médico de família de uma constipação e sair do consultório com uma receita de antibiótico e anti-inflamatório (o famoso Nimed, claro). Ora, grande parte dos casos requerem outro tipo de intervenção, bem menos intrusiva e sem efeitos secundários. E o que fazem os responsáveis perante casos desses?
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