19 maio 2008

O protagonista

No primeiro jogo da época 2007/2008 o Sporting defrontou o Porto em Leiria e venceu com um (grande) golo de Izmailov. Valeu-lhe a Supertaça. Mas para os portistas o que contou foi um penálti por marcar que deu para justificar todos os gamanços a seu favor uma época inteira, incluindo golos em fora-de-jogo (em jogos seguidos), penáltis fantasma e até, pasme-se, livres indirectos dentro da área adversária por ter o guarda-redes agarrado a bola cortada por um defesa (por definição, só posso passar a bola a um companheiro se a tiver nos pés, se a roubo dos pés de um adversário não estou a passar, estou a cortar).

Há jogadores no FCP – sim, os mesmos que abandonaram o palco antes da consagração do adversário – que são autênticos selvagens, que não merecem jogar futebol nem terminar qualquer jogo em que participem. Não merecem ser campeões e só o são porque o futebol em Portugal é uma vigarice pegada. São a imagem do seu corrupto presidente, belicosos, insuportáveis, maus. A começar em Bruno Alves: nem a jogar contra um velho coxo e um franguito ele consegue abster-se de ser um animal. Acabou o jogo sem um amarelo, apesar de ter agredido um adversário sem bola e de não conseguir dominar os seus cotovelos. João Paulo é um erro de casting. A entrada é duríssima e seria sempre sancionada com vermelho (talvez não no Dragão...). Se tivesse acertado em cheio no Moutinho não teria sido só o Izmailov a sair lesionado (por porrada do Fucile que o árbitro deixou passar). Aliás, após a saída do russo, o jogo do Sporting decaíu assustadoramente. Estou para ver quanto jogos apanha o João Paulo, depois da cena que fez com o árbitro (ele e meia-equipa do FCP), depois do escândalo com o Derlei (para não falar do caso com Djaló), só se pede que seja pelo menos igual. Quaresma é outro que deve ter aprendido capoeira: não pode sentir um toque que se começa logo a dar ares de finório amarrotado, mas distribuir lambadas é com ele. As entradas dele e as do Grimi equivaleram-se, com a diferença que o argentino mostrou ao que ia. Um outro argentino, este do FCP, também revelou o que é ser artista lá para os lados das Antas: Lisandro, que pouco fez em todo o jogo, conseguiu ainda assim evidenciar os seus dotes de arruaceiro, ao atacar o capitão do Sporting, com a ajuda de Fucile. O árbitro nada viu, mas eu vi.

Para quem diz que o campo tombou para os verdes, também vi um golo anulado ao Romagnoli por estar, no máximo, em linha com o defesa. Fôra ao contrário e no Dragão, como seria? (Ah, se calhar foi para compensar o segundo do Sporting em Alvalade para a Liga, em que houve um fora-de-jogo mas foi golo – seria a velha táctica de compensar um erro com outro, tão ao gosto dos árbitros lusos?) Também acho curioso que se analise um lance fora da área ao pormenor (falta de Polga sobre Lisandro, que se faz ao penálti mas sem sucesso, o lance é mesmo fora da área) e se esqueça por completo um em que a bola entrou (e legalmente) na baliza, que foi o que fizeram exaustivamente os media nas últimas horas. E o golo ainda é o protagonista da bola, ou não?

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Só quero recordar o Exmo. Sr. Engº Calheiros, que era árbitro de futebol profissional nas horas vagas e que arbitrou uma final da Taça de Portugal entre SCP e FCP.
Outros tempos.
Mais tarde soube-se que viajou para o Brasil com a familia para umas merecidas férias.

20/5/08 23:10  

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