02 março 2010

Um insulto também pode ser genial

Quem disse que as metáforas estão reservadas à poesia e ao romance? Um bom insulto pode ser igualmente terreno para a criação, se não literária, pelo menos ordinária. Mas com panache. Não?
De bola não percebes nada,
volta pr'ó banco, cotonete!

Alvíssaras a quem identificar o insultado.

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11 janeiro 2010

Ideias do Gel



PS: Bem sei que ultimamente as actualizações têm sido escassas e quase só futebolísticas. Não é que tenha deixado de haver outros motivos de comentário, é a época festiva que não convida à diatribe. A propósito, que 2010 faça esquecer rapidamente 2009.

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13 dezembro 2009

Escolher bem

O que muitos sportinguistas não dariam hoje por ter um jogador deste calibre. Estranhamente não chegou para ser campeão.

E, ao câmbio de hoje, quanto não valeria?

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28 novembro 2009

Mais nada...

Se o árbitro nos anulou um golo legal, se nos assinalou um fora de jogo inexistente ou ainda se não assinalou uma grande penalidade, só há uma forma de estar: se nos anularam um golo, tentaremos fazer outro, se não assinalou uma grande penalidade, vamos continuar a atacar, porque da próxima vez pode não errar. Não podemos desistir! Esta tem de ser a nossa atitude. Se estivermos a ganhar 1-0, temos de ir à procura do segundo e do terceiro; se ganharmos um título, temos de fazer tudo para ganhar o segundo; se fizermos um bom jogo, temos de querer dar sequência com um segundo, um terceiro. Nunca nos podemos acomodar ao sucesso. Para nós não há limites.

(Entrevista de Ricardo Sá Pinto ao Record)

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15 julho 2009

Não resisti

Bem sei que estamos no defeso, que os jogos são a feijões e que muito se fala, escreve e publica sobre glórias futuras que, à jornada 30, parecerão ficção humorística ou simples embustes. Bem sei. Mas não resisti a reproduzir o comentário do Bolas e Letras ao Sporting-Nottingham Forest do último fim-de-semana. Delicioso. (Os destaques são meus.)
Tendo a noção de que o Sporting jogou mais mas teve o costumeiro azar, de que estamos no início e ainda com muito a melhorar, também não dá para esquecer que jogámos contra onze troncos com pés a atrapalhar. Breves notas sobre uma primeira noite pouco feliz:
  1. Estou farto da merda do losângulo;
  2. Incrivelmente, o Pedro Silva arrisca-se a colocar novamente o Abel no bolso, o que diz muito sobre a actual condição do simpático licenciado em educação física;
  3. Trocava o Polga e o Tonel por um só Daniel Carriço. Poupava-se uns euros e ganhava-se qualidade;
  4. O Adrian em velocidade de cruzeiro faz com que o Veloso e o Rochemback pareçam que estão parados quando vão embalados;
  5. O André Marques acertou mais passes longos neste jogo do que o Grimi na época passada toda. Um bocadinho mais de agressividade a defender e pode ser uma óptima solução;
  6. O Yannick recuperou o sorriso perdido. Só não se percebe bem porque sorri ele;
  7. O Moutinho demonstrou à saciedade que a posição 10 lhe encaixa que nem uma luva. Paulo, acorda;
  8. Ao contrário dos habituais comentaristas da bola, que esperavam que nesta fase o Matigol fizesse de Maradona, gostei bastante da sua movimentação, da forma como lê o jogo e do toque de bola do miúdo. Promete;
  9. O Pereirinha clama desesperadamente pelo 4-3-3;
  10. O Postiga continua a fazer tudo bem, só não lhe peçam para fazer as redes chocalhar;
  11. O levezinho, com a habitual inteligência, não estava para se chatear com os feijões da taça.
[…]

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25 março 2009

O que aconteceria se...

Reyes tivesse falhado aquele penalty?


Ué, mandavam o Lucílio para a reciclagem, claro. 

Há por aí muito árbitro que sabe fazer as coisas à maneira de quem quer ganhar a todo o custo. (Que pena não ser árbitro de futebol, a crise já não dava insónias.)

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22 dezembro 2008

Manuel Machadês



Manuel Machado, o treinador de futebol, é mais conhecido pela sua inusitada tendência ao desenvolvimento de uma narrativa colorida do fenómeno futebolístico do que propriamente pelos êxitos das suas equipas. Mas, afinal, essa sua característica sui generis pode não passar de um gozo enorme com quem tem de levar com a sua lenga-lenga, como tão bem faziam estes senhores:



Apesar de tudo, antes o gozo do Manuel Machadês do que o de outros que por aí andam a dar a volta ao povinho que sofre, enquanto para os seus lados as coisas vão sorrindo alegremente. E ainda bem que o Machado já não está no Braga, antes o estilo inconfundível do Jesus (sim, a verdadeira razão deste post era poder falar no Jesus, o protagonista desta época), uma mistura de Madragoa com pitadinhas de catenaccio.

Mas, ó Machado, não desanimes pá: logo jogas contra o SLB, que é sempre uma boa oportunidade para urdires um esquema técnico-táctico em que o teu adversário na contenda fique enredado, sem capacidade de desenvolver com superior qualidade as suas transições defesa-ataque e...

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21 novembro 2008

Não resisti

17 setembro 2008

Confiança



Só para lembrar a quem hoje anda a castigar a equipa de Paulo Bento por ter perdido em Camp Nou (que coisa estranha!), que esta equipa também é de Paulo Bento. Que depois deste jogo épico ainda venceu o campeão nacional na final, sem margem para dúvidas, juntando a taça de 2006/2007 à de 2007/2008. E ainda haveria de vencer novamente o campeão nacional na Supertaça, também com toda a justiça.

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14 julho 2008

Divirtam-se

«Vou ver um jogo de miúdos de oito anos, e o que mais ouço é pressiona, marca, não deixa jogar. Só não ouço é ninguém dizer joguem, divirtam-se
Aurélio Pereira, responsável pela detecção de talentos do Sporting Clube de Portugal desde há 20 anos (tempo em que ajudou a descobrir jogadores como Paulo Futre, Litos, Luís Figo, Luís Boa Morte, Simão Sabrosa, Hugo Viana, Cristiano Ronaldo, Ricardo Quaresma, Nani, João Moutinho, Miguel Veloso, Adrien Silva...), em entrevista a O Jogo.

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07 julho 2008

Por que falhou Portugal?

Não, não é um ensaio sobre a portugalidade e a nossa crónica falência sociopolítica. É apenas uma conjectura sobre a participação da equipa-de-todos-nós no recente europeu de futebol na Áustria e Suíça: Nuno Gomes e Cristiano Ronaldo estavam na mesma equipa, quando o que dá é estarem em lados opostos, para se ajudarem um ao outro. Ora vejam:

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20 junho 2008

Roberto não, sinhô, Roberto Dinamite

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É isso aí, ô Dirceu!


Só para descomprimir. O “Oi, oi, oi” é um mimo! O golo é de Roberto.

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Pronúncia do norte


Estes gajos são lixados. Tinham de aproveitar, fosse como fosse, para dar a ferroada no homem. É verdade que o tipo não sabe sair aos cruzamentos e encolhe-se quando é preciso ir com os punhos e com o corpo e com tudo. Mas eles, que até dizem que o golo é precedido de falta (não me parece que o toque seja suficiente), não puxam as orelhas nem ao Pepe, nem ao Ricardo Carvalho, nem ao fraquito do Paulo Ferreira, meninos que passaram pelo FCP, e que ou não estavam no sítio certo ou se limitaram a fingir que marcavam Ballack. Ricardo aqui foi só mais um, mas é sempre o mesmo a levar na tromba pelas derrotas. Então e o Petit e o Meireles e o Ronaldo? Por que é que não marcaram os adversários ou por que é que os seus inúmeros remates não acertaram na baliza?

Eu até nem queria escrever nada sobre o jogo, tão atravessado que fica pelo desperdício de uma oportunidade única de animar a malta – um bom grupo, bons jogadores, adversários em fases menos boas, apoio dos adeptos, confiança, etc. –, mas coisas destas acabam por chatear ainda mais. É mais injusto culpar desta forma um jogador que nem sequer foi o menos bom, do que ser afastado por uma equipa que estava ao alcance.

Ontem, a vitória da Alemanha foi mais do que justa.

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Siô Abramovitchi...

... leva também o Pódóuski e o Chivainistaiga, vai?

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03 junho 2008

24 horas de ténis



Parabéns ao mister Rabaça (que quando deu a entrevista já estava com muitas horas em cima pá...) e a todos quantos no CLAC se têm esforçado para dinamizar e divulgar a modalidade.

É pena que ao nível do desporto comunitário se esqueça que não há só futebol, e que as infra-estruturas e apoios públicos à prática desportiva estejam tão ocupadas com o futebol. E eu até gosto de futebol, mas custa-me que a mínima preocupação com outras práticas tenha sempre tantos entraves, quando, ao mesmo tempo, o futebol é protegido como um ex libris

Na verdade, e apesar de poder envolver muitos praticantes a nível competitivo, o apoio à prática do futebol peca por não conseguir suprir a necessidade da prática desportiva generalizada (não, desporto de bancada ou de sofá não conta), retirando apoios a uma diversificação da oferta desportiva, que capte o interesse e a participação de camadas distintas da população, ao contrário do que acontece com o futebol.


Verdade seja dita que é melhor, ainda que pouco, as autarquias investirem no futebol do que fazerem rotundas, repuxos, mamarrachos, relvados consumidores de água, energia e horas de trabalho em tratamento, boletins de propaganda, etc.

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20 maio 2008

Dá licença...?



Pena que não tenha podido participar na festa. Um voto de rápida recuperação ao baiano de Alvalade.

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19 maio 2008

O protagonista

No primeiro jogo da época 2007/2008 o Sporting defrontou o Porto em Leiria e venceu com um (grande) golo de Izmailov. Valeu-lhe a Supertaça. Mas para os portistas o que contou foi um penálti por marcar que deu para justificar todos os gamanços a seu favor uma época inteira, incluindo golos em fora-de-jogo (em jogos seguidos), penáltis fantasma e até, pasme-se, livres indirectos dentro da área adversária por ter o guarda-redes agarrado a bola cortada por um defesa (por definição, só posso passar a bola a um companheiro se a tiver nos pés, se a roubo dos pés de um adversário não estou a passar, estou a cortar).

Há jogadores no FCP – sim, os mesmos que abandonaram o palco antes da consagração do adversário – que são autênticos selvagens, que não merecem jogar futebol nem terminar qualquer jogo em que participem. Não merecem ser campeões e só o são porque o futebol em Portugal é uma vigarice pegada. São a imagem do seu corrupto presidente, belicosos, insuportáveis, maus. A começar em Bruno Alves: nem a jogar contra um velho coxo e um franguito ele consegue abster-se de ser um animal. Acabou o jogo sem um amarelo, apesar de ter agredido um adversário sem bola e de não conseguir dominar os seus cotovelos. João Paulo é um erro de casting. A entrada é duríssima e seria sempre sancionada com vermelho (talvez não no Dragão...). Se tivesse acertado em cheio no Moutinho não teria sido só o Izmailov a sair lesionado (por porrada do Fucile que o árbitro deixou passar). Aliás, após a saída do russo, o jogo do Sporting decaíu assustadoramente. Estou para ver quanto jogos apanha o João Paulo, depois da cena que fez com o árbitro (ele e meia-equipa do FCP), depois do escândalo com o Derlei (para não falar do caso com Djaló), só se pede que seja pelo menos igual. Quaresma é outro que deve ter aprendido capoeira: não pode sentir um toque que se começa logo a dar ares de finório amarrotado, mas distribuir lambadas é com ele. As entradas dele e as do Grimi equivaleram-se, com a diferença que o argentino mostrou ao que ia. Um outro argentino, este do FCP, também revelou o que é ser artista lá para os lados das Antas: Lisandro, que pouco fez em todo o jogo, conseguiu ainda assim evidenciar os seus dotes de arruaceiro, ao atacar o capitão do Sporting, com a ajuda de Fucile. O árbitro nada viu, mas eu vi.

Para quem diz que o campo tombou para os verdes, também vi um golo anulado ao Romagnoli por estar, no máximo, em linha com o defesa. Fôra ao contrário e no Dragão, como seria? (Ah, se calhar foi para compensar o segundo do Sporting em Alvalade para a Liga, em que houve um fora-de-jogo mas foi golo – seria a velha táctica de compensar um erro com outro, tão ao gosto dos árbitros lusos?) Também acho curioso que se analise um lance fora da área ao pormenor (falta de Polga sobre Lisandro, que se faz ao penálti mas sem sucesso, o lance é mesmo fora da área) e se esqueça por completo um em que a bola entrou (e legalmente) na baliza, que foi o que fizeram exaustivamente os media nas últimas horas. E o golo ainda é o protagonista da bola, ou não?

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