18 janeiro 2008

Advertência

As nossas desculpas pelo post inflamado. Desde que deixámos de fumar, o efeito Fernando Ruas ataca cada vez mais a nossa capacidade de controlo verbal das emoções básicas. As reclamações podem ser enviadas directamente ao Presidente da Câmara de Viseu e da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Em todo o caso, continuamos a aconselhar a todos os fumadores que abandonem o vício. Até porque já é tempo da ansiedade começar a fazer estragos. Revolução JÁ!

post scriptum



Foda-se, um gaja esfola-se para conseguir pagar os impostos e mais a segurança social, pão, habitação, saúde, e estes caralhos – que não têm outro nome – andam todos a comer à nossa custa. Filhos de uma grandessíssima puta que os pariu. Revolução JÁ!

Não me venham falar de produtividade que ainda levam mas é um balázio nos cornos, seus cabrões.

Povo de brandos costumes... Em vez de andarmos aí a acelerar nas estradas havíamos era de andar a atropelar políticos e senhores da alta-finança, tipo Carmageddon, mas aqui chamava-se Cabrões Para O Caralho Que Os Foda, e era para maiores de 18, claro.

It's the euromilions, stupid!

12 janeiro 2008

Ovnis invadem a internet

No Expresso.

10 janeiro 2008

Alcochete Jamé

09 janeiro 2008

Adenda

Ser português.

Hoje deu-me também para isto

«Será possível que ainda haja quem confunda os potenciais utilizadores do aeroporto internacional com o mercado nacional? Os maiores utilizadores do aeroporto internacional não são os ESTRANGEIROS!? E para esses o que importa não é segurança, economia e comodidade? A Ota não interessa senão a quem tem a visão parola de que o aeroporto é para o centro do país, para Santarém, para a zona Oeste, para Leiria e, já agora, para Coimbra e Viseu. Se se está a estudar um aeroporto que seja um hub transatlântico, isso não significa que grande parte dos utilizadores nem sequer de lá saem? Aterram, mudam de avião e voltam a partir. O mesmo se passará com as cargas, presumo. Então não é mais lógico construir o aeroporto onde potencialmente seja mais barato, de construção mais simples, mais rápida e com possibilidade de escalonamento (construir por etapas) e de alargamento (de acordo com as necessidades de tráfego)?
Não esqueçamos que qualquer previsão que se faça hoje sobre o tráfego daqui a 15 ou 20 anos é uma treta. Com a imprevisibilidade do custo do petróleo e o aumento brutal da sua utilização nos anos que aí vêm, o mais certo até é o transporte aéreo sofrer um decréscimo acentuado, sobretudo quando os custos de operação se tornarem astronómicos.
O aeroporto só vai mesmo para a Ota se vingarem os intentos daqueles que querem aproveitar as potencialidades imobiliárias da Portela, em Lisboa, porque a Ota inviabiliza qualquer operação simultânea dos dois aeroportos, ao contrário de Alcochete. E esse é que é o verdadeiro lobby da Ota, o de quem quer os terrenos da Portela para mais construção. Isso é que dá dinheiro, não são os passageiros do centro do país.»
E mais, virem dizer que as acessibilidades para a Ota já existem é absurdo. Tal como dizer que para chegar a Alcochete o custo é mais elevado e que são precisas duas pontes. É mais elevado a partir de onde? A A1 vai deixar de ter portagens para a Ota? “Ah, e tal, e até já existe a linha do Norte...” Ai é? E como é que vai chegar à Ota, por túnel ou por viaduto? E quem paga? E o TGV, também vai por túnel ou vai por viaduto? Só falta dizer que para a Ota se vai até de teletransporte. Rai's partam.

(Comentário de um alter-eu no Público a propósito do relatório do LNEC sobre a localização do novo aeroporto)

Hoje deu-me para isto

«Mas alguém acredita que a América que elegeu Bush duas vezes, branco, burro, mentiroso, belicista e cristão fundamentalista, vai eleger Barak Obama, preto, muçulmano e aparentemente equilibrado e pacificador? Só em sonhos.
Se conseguisse a nomeação (o que muito me surpreenderia), era mais provável que algum Lee Harvey Oswald lhe aplicasse um correctivo antes de ir a votos.
Quanto a Hillary, não disfarça o seu oportunismo. Terá sido, talvez, a grande força por trás da eleição de Bill Clinton, mas não passa, à primeira vista, de uma raposa política, com agenda pessoal e que recorre a todos os meios para atingir os fins que persegue.
Alguns dirão: se não for assim jamais uma mulher lá chegará. É possível que tenham razão. Só vem confirmar que a tão propalada Democracia não passa de uma fantochada.
Se os EUA fossem mesmo um país democrático, como apregoam aos sete ventos, tinham um sistema de eleição tão difícil de compreender, tão falacioso que permite a um presidente ser eleito com menos votos que o adversário? Ou, mais engraçado, que permite a um eleitor de um partido (os ditos "independentes" que votam sempre no mesmo partido) influenciar a escolha do candidato do partido adversário?
O que vale é o poder, nada mais importa.»

(Comentário de um alter-eu no Público sobre as primárias de New Hampshire nos EUA)

07 janeiro 2008

novo ano velho

The Autopsy

In a back room a man is performing an autopsy on an old raincoat.
His wife appears in the doorway with a candle and asks, how does it go?
Not now, not now, I'm just getting to the lining, he murmurs with impatience.
I just wanted to know if you found any blood clots?
Blood clots?!
For my necklace . . .

Os anos costumam terminar ou iniciar com inúmeras listas de melhores momentos, episódios marcantes, figuras em destaque do período findo, etc., etc., etc. Eu prefiro uma autópsia.

E como em breve teremos aí a tradução de The Tormented Mirror, de Russell Edson, cujo título na edição da OVNI, que tem tradução de Guilherme Mendonça, será O Espelho Atormentado, resolvi pedir ajuda ao senhor-pequeno-poema-em-prosa para esta tarefa de reduzir todo um ano a escassas linhas. Este poema não consta de O Espelho Atormentado, mas com muitas das suas criações merece ser conhecido do leitor de língua portuguesa.