20 junho 2008

Roberto não, sinhô, Roberto Dinamite

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É isso aí, ô Dirceu!


Só para descomprimir. O “Oi, oi, oi” é um mimo! O golo é de Roberto.

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Pronúncia do norte


Estes gajos são lixados. Tinham de aproveitar, fosse como fosse, para dar a ferroada no homem. É verdade que o tipo não sabe sair aos cruzamentos e encolhe-se quando é preciso ir com os punhos e com o corpo e com tudo. Mas eles, que até dizem que o golo é precedido de falta (não me parece que o toque seja suficiente), não puxam as orelhas nem ao Pepe, nem ao Ricardo Carvalho, nem ao fraquito do Paulo Ferreira, meninos que passaram pelo FCP, e que ou não estavam no sítio certo ou se limitaram a fingir que marcavam Ballack. Ricardo aqui foi só mais um, mas é sempre o mesmo a levar na tromba pelas derrotas. Então e o Petit e o Meireles e o Ronaldo? Por que é que não marcaram os adversários ou por que é que os seus inúmeros remates não acertaram na baliza?

Eu até nem queria escrever nada sobre o jogo, tão atravessado que fica pelo desperdício de uma oportunidade única de animar a malta – um bom grupo, bons jogadores, adversários em fases menos boas, apoio dos adeptos, confiança, etc. –, mas coisas destas acabam por chatear ainda mais. É mais injusto culpar desta forma um jogador que nem sequer foi o menos bom, do que ser afastado por uma equipa que estava ao alcance.

Ontem, a vitória da Alemanha foi mais do que justa.

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John McCunt

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Amor negro

Siô Abramovitchi...

... leva também o Pódóuski e o Chivainistaiga, vai?

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19 junho 2008

Explica-me como se eu fosse... americano?

Deixa ver: o Bush quer que seja autorizada a exploração petrolífera ao largo da costa dos EUA (parece que isso inclui as reservas do Alasca), aproveitando o momento da alta dos preços que tem beneficiado, pasme-se, a indústria petrolífera, essa a que a família Bush (entre outras que fazem parte da administração Bush) tem estado ligada há muitos anos e a que, previsivelmente, continuará ligada durante muitos mais. 

Onde é que aprendeste esses truques, com o Ferreira do Amaral? 

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18 junho 2008

Desacordo II

Voltando à discussão do desacordo ortográfico, duas referências que me parecem interessantes de seguir, sobretudo para quem vai tendo as suas dúvidas sobre o real alcance desta coisa estranha que nos querem impor:


e

a crónica de Desidério Murcho do Público de 17 de Junho, reproduzida no De Rerum Natura.

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16 junho 2008

Raio do careca

Se a performance for sempre como a de ontem à noite, não passa de publicidade enganosa.

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Vamos todos evacuar

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13 junho 2008

Vamos lá treinar os livros...

Neste fim-de-semana que se aproxima terminam as Feiras do Livro de Lisboa e do Porto (parece impossível mas ainda lá não fui). No domingo a equipa de todos nós tem encontro marcado com a do país dos chocolates suíços, dos relógios suíços e das contas dos sobrinhos taxistas nos bancos suíços, mas é coisa para descomprimir, conseguido que está o objectivo de marcar presença nos quartos-de-final do Euro. Portanto, é adequado que se aproveite o tempo a dar treino aos rapazes da selecção em outras matérias que não a chincha, como propõe o Pisca de Gente:

Luís Filipe Scolari: O Homem sem Qualidades, de Robert Musil
Ricardo: As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis
Quim: O Eterno Marido, de Fiódor Dostoievski
Rui Patrício: Winnie-the-Pooh, de A. A. Milne
José Bosingwa: Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac
Miguel: Terna é a Noite, de F. Scott Fitzgerald
Bruno Alves: O Trincapregos, de Albert Cohen
Ricardo Carvalho: Um Homem de Visão, de P. G. Wodehouse
Pepe: Os Lusíadas, de Luís de Camões
Fernando Meira: Acédia, de Fernando Pinto do Amaral
Paulo Ferreira: Out of Place. A Memoir, de Edwad W. Said
Jorge Ribeiro: O Gémeo Diferente, de Luísa Costa Gomes
Petit: Nós Matámos o Cão Tinhoso, de Luís Bernardo Honwana
Miguel Veloso: Jaime Bunda e a Morte do Americano, de Pepetela [Embora o livro daquele senhor das dietas lá do Porto também não lhe fizesse mal.]
Deco: A Leitura Infinita, José Tolentino de Mendonça
João Moutinho: O Soldado Prático, de Diogo do Couto
Ricardo Quaresma: Quaresma, Decifrador, de Fernando Pessoa
Simão Sabrosa: Napoléon, le petit, de Victor Hugo
Cristiano Ronaldo: Histórias para Meninos sem Juízo, de Jacques Prévert
Nani: Galo Cantou na Baía e outros contos, de Manuel Lopes
Nuno Gomes: Na Berma de Nenhuma Estrada, de Mia Couto 
Hugo Almeida: Hamlet, Shakespeare [Este não percebi...]
Hélder Postiga: Os Marcianos Divertem-se, de Fredric Brown [Este também não, mas é giro...]

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PPP*

Alguém me explique, por favor, por que é que em Portugal o custo da implementação da ferrovia de alta-velocidade é mais elevado do que em outros países europeus. Então isto não foi vendido como um bom negócio para o país, um exemplo de gestão de dinheiros públicos e de partilha de risco com a iniciativa privada?

*PPP = Parecia Público (mas é) Privado

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12 junho 2008

Acção

Muito se tem escrito e falado nos últimos dias a propósito de ser ou não lícito o protesto levado a cabo por camionistas pelo país fora. A propósito de os bloqueios – que têm provocado carências um pouco por todo o lado, a começar nos combustíveis e a chegar a outros bens – serem contra o Estado de Direito.

Ora, vale a pena lembrar que o Estado só é de Direito, como alguns se arrogam, se cumprir com necessidades básicas dos elementos que o constituem, se cumprir as regras com que ele próprio se instituiu. E essas, está mais do que claro, há muito não são cumpridas– se é que alguma vez o foram –, colocando-se, logo aí, um impedimento definitivo para que as acções possam encontrar-se ou subsistir dentro do próprio Estado.

A um post na Machina Speculatrix acrescentei o seguinte comentário:

No contexto actual de falência generalizada, o Estado de Direito não é um valor inalienável, deve ser discutido, transformado.

O Estado de Direito já não é direito, é falho, e por isso, independentemente das movimentações políticas e da estreiteza das suas reivindicações, protestos como os dos pescadores e dos camionistas fazem todo o sentido, e não se pode querer arrumá-los dentro do sistema de cuja falência eles próprios são sinal claro.

Além disso, esperemos que não sejam os únicos protestos a fazer mover um descontentamento generalizado e activo, que deveria produzir-se na proporção em que vão faltando medidas que corrijam as imensas desigualdades e injustiças sociais, não só entre os cidadãos mas entre instituições, empresas, etc.

Este sistema faliu, que mais provas (e provações) serão necessárias?

Não é já claro que não chegam a reforma administrativa, simplexes, novas oportunidades, etc., etc.?

Não é já claro que há mudanças profundas e globais que se exigem, e que é nas sociedades mais desequilibradas como a nossa que elas são mais prementes?


Por outras palavras, alguém acredita que ainda é possível mudar o sistema por dentro?

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11 junho 2008

Ordens e desordens

Por uma ou outra vezes me questionei de que país seria originário o Rão Kyao. Há um certo exotismo na aparência, talvez mais próprio de um emigrante do Norte em terras tropicais ou orientais; a música acentua esse mistério da sua origem.

Mas agora o segredo revelou-se-me na leitura das listas de medalhados do Dia da Raça Autóctone: João Ramos Jorge, não passas afinal de mais um nesta grande manada.

E nas listas, para além do inefável Baía, também se encontram magníficos exemplares que tornam este pasto numa maravilhosa exploração: assim de repente, lembro-me do ufano contributo de Eduardo Catroga, José Bernardo Falcão e Cunha, Henrique Nascimento Rodrigues, Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes... (alguns também estão nesta lista, e imagino que noutras semelhantes, mas nada mais do que coincidências, pois o seu pedigree é indiscutível.)

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Este PR é português?

Mais uma maneira de nos chamar burros (ou por que é que o Allgarve não é Portugal)

09 junho 2008

Read at work

Brilhante. Só é pena o Windows e o Powerpoint, mas há-que saber disfarçar-se.

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06 junho 2008

Censura


Bem a propósito do 19.º aniversário dos protestos de Tiananmen, chegou-me uma informação curiosa sobre como se vão encontrando alternativas à censura, mesmo da poderosa censura das autoridades chinesas à internet. Ver mais em picidae.net.

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04 junho 2008

Ferrugem IV

«[…] Algumas notas: (1) o peso das despesas sociais em Portugal é inferior à média da UE27, o que reflecte a natureza recente e incompleta do nosso Estado Social; (2) o peso dos impostos também é inferior e a sua progressividade deixa muito a desejar e está sob pressão; (3) os países com menores desigualdades, que só Estados Sociais robustos garantem, tendem ter menos corrupção, a exibir maiores níveis de satisfação com a democracia, a ter menos repressão e violência social e até maior mobilidade social. O Estado Social é então um ingrediente fundamental para uma sociedade decente e tolerante. E isto até é favorável à competitividade económica e à inovação institucional em economias abertas. É altura dos neoliberais abandonarem a tese de F. Hayek sobre o Estado Social e a economia mista como plano inclinado para a servidão (Hayek usa e adapta Tocqueville e parece-me mais relevante para esta discussão): desde 1944 que a história mostra que aconteceu precisamente o contrário. Também em Portugal, a luta permanente pela criação, difusão e consolidação do Estado Social é inseparável da democracia e da expansão das liberdades. E da sua extensão ao mundo do trabalho assalariado, onde se decide muito do que a maioria dos indivíduos pode ser ou fazer nas outras esferas da vida.»

(A acompanhar em Ladrões de Bicicletas.)

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03 junho 2008

24 horas de ténis



Parabéns ao mister Rabaça (que quando deu a entrevista já estava com muitas horas em cima pá...) e a todos quantos no CLAC se têm esforçado para dinamizar e divulgar a modalidade.

É pena que ao nível do desporto comunitário se esqueça que não há só futebol, e que as infra-estruturas e apoios públicos à prática desportiva estejam tão ocupadas com o futebol. E eu até gosto de futebol, mas custa-me que a mínima preocupação com outras práticas tenha sempre tantos entraves, quando, ao mesmo tempo, o futebol é protegido como um ex libris

Na verdade, e apesar de poder envolver muitos praticantes a nível competitivo, o apoio à prática do futebol peca por não conseguir suprir a necessidade da prática desportiva generalizada (não, desporto de bancada ou de sofá não conta), retirando apoios a uma diversificação da oferta desportiva, que capte o interesse e a participação de camadas distintas da população, ao contrário do que acontece com o futebol.


Verdade seja dita que é melhor, ainda que pouco, as autarquias investirem no futebol do que fazerem rotundas, repuxos, mamarrachos, relvados consumidores de água, energia e horas de trabalho em tratamento, boletins de propaganda, etc.

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