27 janeiro 2010

A propósito de desacordos e tal

diz um anónimo:
A mim não me incomoda que a língua divirja ou mesmo que se falem variantes. O que é escandaloso é a falta de ligações e de instituições que aprofundem os contactos entre Portugal e o Brasil, e vice-versa. Alguém conhece um jornal português que faça boa cobertura do Brasil? E no Brasil também não há nenhum que faça uma boa cobertura de Portugal... Alguém conhece um centro de investigação na área da literatura, história e ciências sociais, com alguma dimensão em termos de financiamento, apoios e pessoal dirigido ao Estudo do Brasil, ou mesmo dos restantes países de língua portuguesa? Os que conheço são minúsculos e os contactos baseados, sobretudo, em redes pessoais. Alguém conhece uma editora portuguesa que publique no Brasil? Uma livraria ou distribuidora que distribua os livros portugueses ou uma outra que faça o mesmo com as publicações do outro lado do atlântico? Mais uma vez há uns exemplos. Mas tão tímidos que nem vale a pena escrever mais.

Anónimo, lisboa. 27.01.2010 10:18

Sou só eu que acho ou este comentário vai mesmo directo aquilo que é (ou deveria ser) essencial – e que está completamente esquecido – nesta discussão de acordos e desacordos e de comunicação enviesada (ou instrumentalizada)?

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18 junho 2008

Desacordo II

Voltando à discussão do desacordo ortográfico, duas referências que me parecem interessantes de seguir, sobretudo para quem vai tendo as suas dúvidas sobre o real alcance desta coisa estranha que nos querem impor:


e

a crónica de Desidério Murcho do Público de 17 de Junho, reproduzida no De Rerum Natura.

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11 junho 2008

Mais uma maneira de nos chamar burros (ou por que é que o Allgarve não é Portugal)

08 abril 2008

Desacordo

A minha dúvida é: para que serve este acordo, a quem serve este acordo ortográfico? Mesmo descortinando algum ensejo de gestão da língua por vários países lusófonos, não me parece que esta mudança se deva fazer por imperativos políticos (que me desculpe o deputado Fazenda). Mas se assim for, então que façam uma aproximação real da ortografia e uniformizem-na de vez – nada de excepções. Se o objectivo é facilitar o ensino da língua e a sua expansão pelo mundo? Então simplifiquem a ortografia e uniformizem-na – nada de excepções.

Tal como está o acordo prejudica mais do que melhora e, como já vem sendo hábito na história nacional, uma oportunidade transforma-se num erro crasso. Não seria muito mais interessante, a bem da divulgação e crescimento da língua, que se estivesse a trabalhar na sua simplificação e aproximação real entre variantes, em vez de se definirem umas quantas regras que pouco ou nada adiantam, excepto os custos que vão provocar, tanto no ensino como na edição?

Por que não definir um padrão ortográfico comum simplificado, com base nas variantes e com objectivos claros?

Tal como está, este acordo não serve.

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