30 abril 2010

Não resisti

Marxista? Ele é dos irmãos Marx?

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25 fevereiro 2010

Toma que é p'ráprenderes

Nos concursos públicos organizados neste país, nomeadamente para desempenho de funções nas autarquias, os formulários de inscrição recolhem toda a informação necessária para contacto com os candidatos, incluindo o endereço de correio electrónico.

Contudo, as notificações para as várias provas fazem-se, a julgar pela minha experiência recente, no máximo com informação publicada nos recônditos das páginas de internet dos municípios. E afixadas nos respectivos Paços de Concelho.

Ora, se não vão sequer enviar um email aos candidatos, para que querem saber o endereço?

Não há dúvida, a portaria n.º 83-A de 2009 expressa claramente quatro formas de notificação, estando as entidades obrigadas a utilizar apenas uma: a) email com recibo de entrega da notificação (seja lá isso o que for), b) ofício registado, c) notificação pessoal, e d) aviso publicado na 2.ª série do DR...

Se estivessem realmente interessados em contratar os mais bem preparados esforçavam-se um pouco mais, digo eu. Mas, claro, o que interessa é resolver a situação dos que já lá estão, como é também prática corrente.

E eu ainda vou nestas coisas de concursos públicos. Ingenuidade.

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25 novembro 2009

Quantos lóbis para atacar a pirataria informática?



O Parlamento Europeu acaba de aprovar um pacote de medidas legislativas no âmbito das telecomunicações, entre as quais se incluem as polémicas normas que visam a regulação do corte da Internet como medida contra a pirataria na rede. No geral, estas normas seguem o princípio já tentado em França com a chamada lei Hadopi – entretanto revogada por ser inconstitucional –, segundo o qual quem faz downloads de conteúdos disponibilizados ilegalmente é um meliante da pior espécie e custa milhões de milhões à indústria do entretenimento audiovisual.

O que estas medidas procuram fazer é assustar o utilizador comum. No fundo, vão favorecer movimentos de procura e partilha camuflada (sem que seja possível identificar quer o conteúdo quer a identidade de quem o descarrega), bastante mais perigoso e, esse sim, verdadeiramente lesivo das multinacionais, na medida em que é usado para fins comerciais.

Vão perseguir uns quantos utilizadores, os mesmos que nunca comprarão CDs ou DVDs a 20 ou 25 euros, ou jogos a 60 euros, nem pagarão por uma televisão por cabo de má qualidade e com uma oferta ridícula.

E vão assustar uns quantos, é verdade. Ficará a ilusão de que a pirataria informática decresce devido a estas normas, quando, na verdade, elas só servem para manter o status quo da indústria, que muito lóbi tem feito, mas que é incapaz de abdicar de uma parte do seus lucros despudorados para tornar o acesso aos bens mais fácil, i.e., mais barato. O que, deve acrescentar-se, seria mais do que justo, na exacta medida em que a difusão por via digital só pode ter feito cair abruptamente os custos.

Espero que haja um movimento no sentido inverso, de uma parte significativa de criadores que abdiquem da indústria para se aproximarem de quem quer fruir em liberdade as suas obras, o que aliás já é possível observar em muitas áreas (o próprio movimento Open Source, no contexto do software, demonstra à exaustão que a distribuição gratuita não implica a morte da indústria, antes um aumento exponencial da criatividade e da inovação).

As empresas de telecomunicações, muitas delas também ligadas à produção de conteúdos, vêem-se duplamente favorecidas, na medida em que o facto de facilitarem (de certa forma até incentivarem – afinal o que são as happy hours e os downloads sem limites?) a partilha de conteúdos cada vez mais complexos (ficheiros de maior dimensão como filmes ou discografia), com as velocidades oferecidas sempre a crescerem, não é considerado como motivo do aumento da pirataria, nem são co-responsabilizadas sob a forma de taxas mais rigorosas.

Ou seja, no final das contas, temos uma indústria que luta a todo o custo para manter o seu quinhão, e que pouco ou nada faz para adequar o seu modelo comercial à realidade de um mundo exaurido (e que, apesar de tudo, ainda acredita que o capitalismo não é tudo). O modelo será sempre o de acumular mais, de chupar mais ao consumidor, E de tentar controlar ao pormenor o que se vê e o que se ouve.

quem acredite que a indústria está a fazer alguma coisa para mudar o cenário, e que estas normas são efectivas no sentido de desviarem os consumidores para serviços alternativos legais. Mas a miha questão é esta: serviços como a iTunes Music Store foram ou não bem sucedidos comercialmente, num contexto em que fazer downloads ilegais era a norma? E foi preciso cortar a internet a alguém para isso resultar? Então como é que resultou? Talvez porque a indústria abdicou do seu modelo tradicional e preferiu uma retribuição mais justa pelos suportes do que está a fazer no retalho analógico.

O modelo de distribuição de conteúdos culturais e de entretenimento tem de mudar, mas não é reprimindo primeiro que ele vai ter sucesso.

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18 setembro 2009

Para quê a banda-larga?

Finalmente uma notícia no Público que contraria a estupidez que é dar voz (quase exclusiva) aos que defendem uma política repressiva dos downloads ilegais na internet. Então, mas é assim tão difícil perceber que quem lucra verdadeiramente com os downloads ilegais não é quem os faz? Para que serve afinal a banda-larga, para conteúdos legais? Quais?

O vocalista da banda britânica Muse enviou um e-mail a Lily Allen, depois de a cantora ter criticado acerrimamente o sistema de partilha de ficheiros na Internet. Para Bellamy, “a partilha de ficheiros é a regra. Os detentores dos direitos é que não estão a saber taxar correctamente os fornecedores de acesso à Internet (ISP) e isto é uma matéria de leis”.

Bellamy compara a Internet à rádio e à televisão, defendendo que a “banda larga tornou basicamente a Internet no novo meio de difusão de informação. Este é o ponto que está a ser esquecido”, afirma. Mais à frente, detalha como deve ser taxado o tipo de uso que se faz da Internet. “O uso deve ter um valor. Alguém que apenas consulte os e-mails usa uma parcela mínima da banda larga”. Por outro lado, “alguém que faz downloads de um gigabyte por dia usa bem mais, mas neste momento pagam o mesmo. É óbvio qual o utilizador que está a atingir as indústrias criativas e é óbvio o que não está. Por esta razão, o tipo de utilização também devia ser taxado adequadamente”.

[…] Embora a discussão já vá ganhando alguns calos, o certo é que no Reino Unido a problemática em torno da partilha de ficheiros online tem vindo a ganhar contornos mais sérios. Associações de defesa dos downloads gratuitos têm protestado contra a vontade do governo britânico de impedir (se é que isso será possível) o actual sistema de partilha de ficheiros. Estas associações, em particular a Featured Artists Coalition, composta por membros de bandas tão ilustres como os Pink Floyd, Radiohead ou Blur, são contrariadas por outros músicos, como é o caso de Lily Allen e Patrick Wolf.

No seu blogue do MySpace, a cantora critica os músicos, por considerar que, para eles, não há qualquer problema com a pirataria musical, “porque enchem estádios e têm grandes colecções de Ferraris”. Segundo a BBC, a cantora considera a partilha ilegal de ficheiros “um desastre”, que está a ter “efeitos desastrosos” na música britânica.

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17 setembro 2009

Raios me partam, e por H1N1?

Ao que parece, é mais provável um tipo morrer atingido por um raio do que por acção do H5N1, o famoso agente (lembram-se?) das gripe das aves. Então e por H1N1, será que é mais provável? A quem interessa afinal? Ao Donald Rumsfeld? Então mas a esse não era o petróleo ou a construção ou lá o que era? Não?

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09 setembro 2009

Lucrar com...

Umas colunas com algum interesse, sobretudo para quem se interroga sobre a real dimensão e origem da “pandemia” de Gripe A. Vale sempre a pena ter contacto com outras perspectivas, por mais inverosímeis que possam parecer.

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07 julho 2009

(Ser) Constâncio é fixe

10 junho 2009

Um dia destes, Portugal

Cavaco, que há 20 anos, enquanto primeiro-ministro, recusou uma pensão ao Capitão Salgueiro Maia, por serviços excepcionais e relevantes, está hoje a homenageá-lo na cidade de Santarém.
O mesmo Cavaco que, também há 20 anos, outorgou pensões a ex-inspectores da PIDE.

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18 maio 2009

Orgia dos dinheiros públicos


Luiz Carlos Prates, jornalista brasileiro do jornal Diário Catarinense, comentdor do Jornal do Almoço, da RBS TV de Florianópolis, e apresentador da rádio CBN Diário e da TVCOM. É formado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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08 maio 2009

A cor do dinheiro

Ou o cheiro do dinheiro, desde que se lhe siga o rasto: 30 mil milhões de euros é a estimativa do que em Portugal foge ao registo das finanças a coberto do sigilo bancário, ficando assim isento de qualquer taxa. Ou seja, em contas de merceeiro, são 3 mil euros por cada português. Ou seja, aqui em casa são 9 mil euros por ano.

Meus amigos: se eu tivesse 9 mil euros escondidos do fisco estava todo contente, não por estarem escondidos mas por estarem na minha conta e poder usufruir deles. Mas se eu não os tenho alguém os tem. Quem será?

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06 maio 2009

E se tudo não passasse de uma grande teoria da conspiração?

Era suposto que os acontecimentos – a chamada “realidade” – divergissem do modelo que procura explicá-los? Ou que houvesse teorias mais simples e poupadas. Não?

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25 março 2009

O que aconteceria se...

Reyes tivesse falhado aquele penalty?


Ué, mandavam o Lucílio para a reciclagem, claro. 

Há por aí muito árbitro que sabe fazer as coisas à maneira de quem quer ganhar a todo o custo. (Que pena não ser árbitro de futebol, a crise já não dava insónias.)

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18 fevereiro 2009

I don't need sex

16 fevereiro 2009

Crise?

Mas qual crise? Então afinal o Estado não andou a financiar o investimento em fundos internacionais?

E que dizer das hordas de economistas e financeiros que andaram a espremer-nos até à medula, subindo taxas de juro e deixando passar em claro a asfixia da economia real? A das micro, pequenas e médias empresas, por exemplo, em completa descapitalização devido a a) uma política fiscal que, mais uma vez, boicota a capacidade de iniciativa em pequena escala e beneficia as grandes empresas, e b) à retracção no consumo provocada pelo aumento das dívidas e pelo marketing da crise. 

Que dizer dos faustosos conselhos de administração de coisas como o Banco de Portugal? Mas o que é que essa malta fez para merecer que todos nós continuemos a carregá-los com os nossos impostos? Mas há credibilidade alguma no BdP ou no BCE?

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Era tão mais fácil...

se o tipo tivesse sido apenas um badalhoco reprimido pelo seminário, que aproveitava todas as oportunidades para a lascívia e o prazer carnal. Mas não: o gajo era mesmo execrável e criminoso. E não, não foi o único.


(Vídeo encontrado aqui.)

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04 fevereiro 2009

Um monumento para Madoff

«[…] en este caso no me indigno sino que incluso encabezaré una colecta con el fin de levantarle un monumento a las puertas de la Bolsa.[…]»

Por Alberto Vazquez Figueroa.

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26 janeiro 2009

Não conte pra mamãe

Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África...

Chegou por e-mail, mas o original está aqui.

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14 janeiro 2009

Manual de Instruções

06 janeiro 2009

Guerra? Mas qual guerra?


A imagem vem do insónia, que a foi buscar ao kasca de noz. Deixo para eles os comentários. Vou fazer de conta que a máxima …vale mais do que mil palavras se aplica na perfeição.

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Prós e contras, ou como a televisão e os políticos nos fazem sentir (e escrever) coisas inacreditáveis

Face a face com o Augusto Santos Silva, até o Nuno Melo parece um bom rapaz a quem não custa coabitar com os partidos de esquerda.

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