03 março 2010

Não é novo mas vale a pena relembrar

Há certas memórias que são tão curtas que tornam a comunicação sempre insuficiente.

The Crisis of Credit Visualized from Jonathan Jarvis on Vimeo.

The Short and Simple Story of the Credit Crisis.

Crisisofcredit.com

The goal of giving form to a complex situation like the credit crisis is to quickly supply the essence of the situation to those unfamiliar and uninitiated. This project was completed as part of my thesis work in the Media Design Program, a graduate studio at the Art Center College of Design in Pasadena, California.

For more on my broader thesis work exploring the use of new media to make sense of a increasingly complex world, visit jonathanjarvis.com.

Support the project and buy a T-Shirt! cafepress.com/crisisofcredit

© Copyright 2009 Jonathan Jarvis

Etiquetas: , , , , ,

02 fevereiro 2010

Crespo: fig. obscuro, difícil de entender.


Prezo bastante o Mário Crespo e repudio por completo qualquer forma de censura – e até acredito que este e outros governos sejam capazes de ter estas vontades controleiras, assim tem sido há décadas –, mas esta história parece um pouco estranha de mais. Então o PM e os seus braços direito e esquerdo vão pôr-se a discutir o afastamento de um jornalista em público e, ainda por cima, sem o mínimo recato? Parece demasiada arrogância, mesmo para o nosso Sócrates.

Etiquetas: , , ,

25 novembro 2009

Quantos lóbis para atacar a pirataria informática?



O Parlamento Europeu acaba de aprovar um pacote de medidas legislativas no âmbito das telecomunicações, entre as quais se incluem as polémicas normas que visam a regulação do corte da Internet como medida contra a pirataria na rede. No geral, estas normas seguem o princípio já tentado em França com a chamada lei Hadopi – entretanto revogada por ser inconstitucional –, segundo o qual quem faz downloads de conteúdos disponibilizados ilegalmente é um meliante da pior espécie e custa milhões de milhões à indústria do entretenimento audiovisual.

O que estas medidas procuram fazer é assustar o utilizador comum. No fundo, vão favorecer movimentos de procura e partilha camuflada (sem que seja possível identificar quer o conteúdo quer a identidade de quem o descarrega), bastante mais perigoso e, esse sim, verdadeiramente lesivo das multinacionais, na medida em que é usado para fins comerciais.

Vão perseguir uns quantos utilizadores, os mesmos que nunca comprarão CDs ou DVDs a 20 ou 25 euros, ou jogos a 60 euros, nem pagarão por uma televisão por cabo de má qualidade e com uma oferta ridícula.

E vão assustar uns quantos, é verdade. Ficará a ilusão de que a pirataria informática decresce devido a estas normas, quando, na verdade, elas só servem para manter o status quo da indústria, que muito lóbi tem feito, mas que é incapaz de abdicar de uma parte do seus lucros despudorados para tornar o acesso aos bens mais fácil, i.e., mais barato. O que, deve acrescentar-se, seria mais do que justo, na exacta medida em que a difusão por via digital só pode ter feito cair abruptamente os custos.

Espero que haja um movimento no sentido inverso, de uma parte significativa de criadores que abdiquem da indústria para se aproximarem de quem quer fruir em liberdade as suas obras, o que aliás já é possível observar em muitas áreas (o próprio movimento Open Source, no contexto do software, demonstra à exaustão que a distribuição gratuita não implica a morte da indústria, antes um aumento exponencial da criatividade e da inovação).

As empresas de telecomunicações, muitas delas também ligadas à produção de conteúdos, vêem-se duplamente favorecidas, na medida em que o facto de facilitarem (de certa forma até incentivarem – afinal o que são as happy hours e os downloads sem limites?) a partilha de conteúdos cada vez mais complexos (ficheiros de maior dimensão como filmes ou discografia), com as velocidades oferecidas sempre a crescerem, não é considerado como motivo do aumento da pirataria, nem são co-responsabilizadas sob a forma de taxas mais rigorosas.

Ou seja, no final das contas, temos uma indústria que luta a todo o custo para manter o seu quinhão, e que pouco ou nada faz para adequar o seu modelo comercial à realidade de um mundo exaurido (e que, apesar de tudo, ainda acredita que o capitalismo não é tudo). O modelo será sempre o de acumular mais, de chupar mais ao consumidor, E de tentar controlar ao pormenor o que se vê e o que se ouve.

quem acredite que a indústria está a fazer alguma coisa para mudar o cenário, e que estas normas são efectivas no sentido de desviarem os consumidores para serviços alternativos legais. Mas a miha questão é esta: serviços como a iTunes Music Store foram ou não bem sucedidos comercialmente, num contexto em que fazer downloads ilegais era a norma? E foi preciso cortar a internet a alguém para isso resultar? Então como é que resultou? Talvez porque a indústria abdicou do seu modelo tradicional e preferiu uma retribuição mais justa pelos suportes do que está a fazer no retalho analógico.

O modelo de distribuição de conteúdos culturais e de entretenimento tem de mudar, mas não é reprimindo primeiro que ele vai ter sucesso.

Etiquetas: , , , , , , ,

18 setembro 2009

Para quê a banda-larga?

Finalmente uma notícia no Público que contraria a estupidez que é dar voz (quase exclusiva) aos que defendem uma política repressiva dos downloads ilegais na internet. Então, mas é assim tão difícil perceber que quem lucra verdadeiramente com os downloads ilegais não é quem os faz? Para que serve afinal a banda-larga, para conteúdos legais? Quais?

O vocalista da banda britânica Muse enviou um e-mail a Lily Allen, depois de a cantora ter criticado acerrimamente o sistema de partilha de ficheiros na Internet. Para Bellamy, “a partilha de ficheiros é a regra. Os detentores dos direitos é que não estão a saber taxar correctamente os fornecedores de acesso à Internet (ISP) e isto é uma matéria de leis”.

Bellamy compara a Internet à rádio e à televisão, defendendo que a “banda larga tornou basicamente a Internet no novo meio de difusão de informação. Este é o ponto que está a ser esquecido”, afirma. Mais à frente, detalha como deve ser taxado o tipo de uso que se faz da Internet. “O uso deve ter um valor. Alguém que apenas consulte os e-mails usa uma parcela mínima da banda larga”. Por outro lado, “alguém que faz downloads de um gigabyte por dia usa bem mais, mas neste momento pagam o mesmo. É óbvio qual o utilizador que está a atingir as indústrias criativas e é óbvio o que não está. Por esta razão, o tipo de utilização também devia ser taxado adequadamente”.

[…] Embora a discussão já vá ganhando alguns calos, o certo é que no Reino Unido a problemática em torno da partilha de ficheiros online tem vindo a ganhar contornos mais sérios. Associações de defesa dos downloads gratuitos têm protestado contra a vontade do governo britânico de impedir (se é que isso será possível) o actual sistema de partilha de ficheiros. Estas associações, em particular a Featured Artists Coalition, composta por membros de bandas tão ilustres como os Pink Floyd, Radiohead ou Blur, são contrariadas por outros músicos, como é o caso de Lily Allen e Patrick Wolf.

No seu blogue do MySpace, a cantora critica os músicos, por considerar que, para eles, não há qualquer problema com a pirataria musical, “porque enchem estádios e têm grandes colecções de Ferraris”. Segundo a BBC, a cantora considera a partilha ilegal de ficheiros “um desastre”, que está a ter “efeitos desastrosos” na música britânica.

Etiquetas: , , , , , ,

17 setembro 2009

Raios me partam, e por H1N1?

Ao que parece, é mais provável um tipo morrer atingido por um raio do que por acção do H5N1, o famoso agente (lembram-se?) das gripe das aves. Então e por H1N1, será que é mais provável? A quem interessa afinal? Ao Donald Rumsfeld? Então mas a esse não era o petróleo ou a construção ou lá o que era? Não?

Etiquetas: , , , , , , , , , , , ,

07 julho 2009

(Ser) Constâncio é fixe

06 julho 2009

OFERECE-SE

Cidadão nascido no extremo oeste da península ibérica oferece-se para assumir cidadania de um país que não seja mesquinho, que não persiga os fracos para deixar passar os fortes, que não tire aos que pouco têm para que os que têm muito mais possam ter, que não lhe foda a cabeça!

Qualquer semelhança com a vontade, divulgada na imprensa nos últimos dias, de uma célebre pianista em abdicar da cidadania desse país no extremo oeste da península ibérica é pura coincidência. A verdade é que não suporto que me andem a chagar o juízo para provar que vivo com a minha mulher há mais de dois anos quando o mesmo Estado deixa os Dias Loureiros arrecadarem o deles como se nada fosse. E paga principescamente a Constâncio e sus muchachos para eles assobiarem para o lado quando algumas das maiores fraudes do nosso sistema financeiro são cometidas. E vou eu ter de perder horas de trabalho porque, pensa o Estado, eu sou um bandido, que só cá anda para enganar o Estado e fugir às suas obrigações fiscais. Eu. 
Como é que não há neste país mais gente a passar-se dos carretos? Esta gente não descansa enquanto não começar a haver mortos e feridos. Devem ter um manual como o das provas de aferição, em que diz assim: “Ide rubrica a rubrica descobrir onde podeis cobrar mais alguma coisa. Se ainda não assim não encontrardes, inventai.”

Etiquetas: , , , , ,

02 julho 2009

Miura

o sr ministro estava cheio de razao! o outro nao tinha nada que estar a marrar com ele!!!
Comentário de paulo, luxemburgo, à notícia do Público que dá conta do afastamento do Manuel “Miura” Pinho do Governo da República Bovina de Portugal. (Foto de Nuno Ferreira Santos.) 

E estão a ver aquele tipo estiloso, de bigode e barba, muito sério e que até parece não fazer parte deste governo? Aposto que o tipo ainda chega a primeiro-ministro.

Etiquetas: , , , , , , , ,

10 junho 2009

Um dia destes, Portugal

Cavaco, que há 20 anos, enquanto primeiro-ministro, recusou uma pensão ao Capitão Salgueiro Maia, por serviços excepcionais e relevantes, está hoje a homenageá-lo na cidade de Santarém.
O mesmo Cavaco que, também há 20 anos, outorgou pensões a ex-inspectores da PIDE.

Etiquetas: , , , , , , , , ,

22 maio 2009

Cuba



Confesso que não vi Sicko, o documentário de Michael Moore sobre o sistema de saúde americano. Mas quando o link me chegou por email não resisti a espreitar o excerto (má qualidade de imagem mas dá para perceber a ideia; legendado em português).

“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua,
mas nenhuma delas é cubana”
Fidel Castro

Cuba e o seu regime podem ter muitos defeitos, mas é inquestionável, a julgar pelo sistema de saúde e de ensino da ilha, que é muito difícil, com os poucos recursos que têm e sujeitos a um embargo criminoso, conseguir o que os cubanos conseguem. É verdade, não há abundância, o regime não se compadece com a liberdade de expressão.
Mas será possível compatibilizar a ideologia sob a qual foi erigida a sociedade cubana com a ideologia capitalista que oprime por todo o mundo? O que conseguirão os cubanos fazer no dia em que a liberdade seja total?
Não é fácil responder a estas questões, sobretudo se tivermos em conta que há tantas ditaduras pelo mundo fora e que em nenhuma, de esquerda, de direita, religiosa ou não, se conseguiu (ou houve sequer a preocupação de) alcançar o que em Cuba se dá: educação, saúde e cultura. Apesar de toda a improbabilidade.
Cuba é um exemplo paradigmático de que não há regimes perfeitos, mas também de que não há só uma via para o mundo. É um exemplo de que há mais para a humanidade do que produzir e consumir, de que o que temos de mais humano é absolutamente oposto, se não incompatível, com um sistema de propriedade e de acumulação de riqueza.
A crise económica e financeira, suportada numa ideologia criminosa de não olhar a meios para obter mais lucro, é uma oportunidade de mudança, sobretudo da mentalidade humana. Esta crise só passará em definitivo se houver a decência e a coragem de dizer basta, de abdicar de privilégios e de exigir que quem explora recursos universais devolva ao mundo a capacidade de crescer de forma sustentada, natural, saudável e com futuro.

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , , , , ,

18 maio 2009

Orgia dos dinheiros públicos


Luiz Carlos Prates, jornalista brasileiro do jornal Diário Catarinense, comentdor do Jornal do Almoço, da RBS TV de Florianópolis, e apresentador da rádio CBN Diário e da TVCOM. É formado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Etiquetas: , , , , , , , , , ,

16 maio 2009

Preguiça de mudar

Nada mais que a preguiça de mudar. É muito fácil apontar o dedo aos downloads ilegais na internet, mas nada se ouve ou sobre modelos de negócio gastos, géneros musicais que não formam novos públicos, novos consumidores, hábitos de audição completamente diferentes dos que existiam antes, até em 2000.
É impossível comparar números de realidades tão distintas. E, sobretudo, é absurdo que não se pergunte às editoras por que é que o preço dos CDs de música não baixou com o passar dos anos, se os sistemas de produção e a matéria prima decaíram significativamente.
Não passam de um bando a tentar guardar a galinha dos ovos de ouro. E enganam-se se pensam que a vão guardar à custa de leis repressivas e reaccionárias, limitadoras da liberdade individual. Vão ter de cortar nas gordurinhas dos vossos negócios e pensar em ganhar dinheiro de forma mais “justa”.
Custa ter de pensar nisso, não custa?
Uma outra ideia: em vez de pedirem aos governos que endureçam as leis, por que é que não exigem que os cidadãos sejam mais bem pagos, para poderem consumir mais os vossos produtos?

Etiquetas: , , , , , , , , , ,

08 maio 2009

A cor do dinheiro

Ou o cheiro do dinheiro, desde que se lhe siga o rasto: 30 mil milhões de euros é a estimativa do que em Portugal foge ao registo das finanças a coberto do sigilo bancário, ficando assim isento de qualquer taxa. Ou seja, em contas de merceeiro, são 3 mil euros por cada português. Ou seja, aqui em casa são 9 mil euros por ano.

Meus amigos: se eu tivesse 9 mil euros escondidos do fisco estava todo contente, não por estarem escondidos mas por estarem na minha conta e poder usufruir deles. Mas se eu não os tenho alguém os tem. Quem será?

Etiquetas: , , , , , , , ,

06 maio 2009

E se tudo não passasse de uma grande teoria da conspiração?

Era suposto que os acontecimentos – a chamada “realidade” – divergissem do modelo que procura explicá-los? Ou que houvesse teorias mais simples e poupadas. Não?

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , ,

15 abril 2009

Isto tem de acabar!

Isto tem de acabar e estas coisas têm de ser divulgadas até à exaustão: não é possível que andemos a perder tempo e a extorquir aos mais indefesos, precários e com rendimentos médios e baixos – e, ao mesmo tempo, deixamos prescrever cobranças de milhões de euros aos bancos e a empresas financeiras de lucros astronómicos (isto apesar de grande parte deles serem os principais responsáveis pela crise que atravessamos). Ainda para mais, anda-se a multar os recibos verdes por não entregarem informação que, de qualquer maneira, o fisco já tem. Seria ridículo se não fosse degradante, criminoso mesmo.

Etiquetas: , , , , , ,

26 março 2009

Petição

Chegou-me por email. Desconheço a eficácia mas concordo e subscrevo.

Etiquetas: , , , ,

01 março 2009

A fuga para Cuba

Chegou-me por e-mail e desconheço a autoria do cartoon. Actual.

Etiquetas: , ,

18 fevereiro 2009

I don't need sex

16 fevereiro 2009

Crise?

Mas qual crise? Então afinal o Estado não andou a financiar o investimento em fundos internacionais?

E que dizer das hordas de economistas e financeiros que andaram a espremer-nos até à medula, subindo taxas de juro e deixando passar em claro a asfixia da economia real? A das micro, pequenas e médias empresas, por exemplo, em completa descapitalização devido a a) uma política fiscal que, mais uma vez, boicota a capacidade de iniciativa em pequena escala e beneficia as grandes empresas, e b) à retracção no consumo provocada pelo aumento das dívidas e pelo marketing da crise. 

Que dizer dos faustosos conselhos de administração de coisas como o Banco de Portugal? Mas o que é que essa malta fez para merecer que todos nós continuemos a carregá-los com os nossos impostos? Mas há credibilidade alguma no BdP ou no BCE?

Etiquetas: , , ,

Era tão mais fácil...

se o tipo tivesse sido apenas um badalhoco reprimido pelo seminário, que aproveitava todas as oportunidades para a lascívia e o prazer carnal. Mas não: o gajo era mesmo execrável e criminoso. E não, não foi o único.


(Vídeo encontrado aqui.)

Etiquetas: , , , , , ,