27 janeiro 2010

A propósito de desacordos e tal

diz um anónimo:
A mim não me incomoda que a língua divirja ou mesmo que se falem variantes. O que é escandaloso é a falta de ligações e de instituições que aprofundem os contactos entre Portugal e o Brasil, e vice-versa. Alguém conhece um jornal português que faça boa cobertura do Brasil? E no Brasil também não há nenhum que faça uma boa cobertura de Portugal... Alguém conhece um centro de investigação na área da literatura, história e ciências sociais, com alguma dimensão em termos de financiamento, apoios e pessoal dirigido ao Estudo do Brasil, ou mesmo dos restantes países de língua portuguesa? Os que conheço são minúsculos e os contactos baseados, sobretudo, em redes pessoais. Alguém conhece uma editora portuguesa que publique no Brasil? Uma livraria ou distribuidora que distribua os livros portugueses ou uma outra que faça o mesmo com as publicações do outro lado do atlântico? Mais uma vez há uns exemplos. Mas tão tímidos que nem vale a pena escrever mais.

Anónimo, lisboa. 27.01.2010 10:18

Sou só eu que acho ou este comentário vai mesmo directo aquilo que é (ou deveria ser) essencial – e que está completamente esquecido – nesta discussão de acordos e desacordos e de comunicação enviesada (ou instrumentalizada)?

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14 janeiro 2010

Não resisti

«[…] todas as páginas referem pelo menos uma pessoa que tem a respiração ofegante e/ou o coração acelerado. Mais do que um thriller, aquilo parece um hino à taquicardia.»

José Mário Silva, no Bibliotecário de Babel, a propósito de tiques de escrita e de Dan Brown (o destaque é meu).

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14 janeiro 2009

Manual de Instruções

31 outubro 2008

A propósito de bruxas e outros símbolos deprimentes

Ai pode pode...



... indo aqui.

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13 junho 2008

Vamos lá treinar os livros...

Neste fim-de-semana que se aproxima terminam as Feiras do Livro de Lisboa e do Porto (parece impossível mas ainda lá não fui). No domingo a equipa de todos nós tem encontro marcado com a do país dos chocolates suíços, dos relógios suíços e das contas dos sobrinhos taxistas nos bancos suíços, mas é coisa para descomprimir, conseguido que está o objectivo de marcar presença nos quartos-de-final do Euro. Portanto, é adequado que se aproveite o tempo a dar treino aos rapazes da selecção em outras matérias que não a chincha, como propõe o Pisca de Gente:

Luís Filipe Scolari: O Homem sem Qualidades, de Robert Musil
Ricardo: As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis
Quim: O Eterno Marido, de Fiódor Dostoievski
Rui Patrício: Winnie-the-Pooh, de A. A. Milne
José Bosingwa: Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac
Miguel: Terna é a Noite, de F. Scott Fitzgerald
Bruno Alves: O Trincapregos, de Albert Cohen
Ricardo Carvalho: Um Homem de Visão, de P. G. Wodehouse
Pepe: Os Lusíadas, de Luís de Camões
Fernando Meira: Acédia, de Fernando Pinto do Amaral
Paulo Ferreira: Out of Place. A Memoir, de Edwad W. Said
Jorge Ribeiro: O Gémeo Diferente, de Luísa Costa Gomes
Petit: Nós Matámos o Cão Tinhoso, de Luís Bernardo Honwana
Miguel Veloso: Jaime Bunda e a Morte do Americano, de Pepetela [Embora o livro daquele senhor das dietas lá do Porto também não lhe fizesse mal.]
Deco: A Leitura Infinita, José Tolentino de Mendonça
João Moutinho: O Soldado Prático, de Diogo do Couto
Ricardo Quaresma: Quaresma, Decifrador, de Fernando Pessoa
Simão Sabrosa: Napoléon, le petit, de Victor Hugo
Cristiano Ronaldo: Histórias para Meninos sem Juízo, de Jacques Prévert
Nani: Galo Cantou na Baía e outros contos, de Manuel Lopes
Nuno Gomes: Na Berma de Nenhuma Estrada, de Mia Couto 
Hugo Almeida: Hamlet, Shakespeare [Este não percebi...]
Hélder Postiga: Os Marcianos Divertem-se, de Fredric Brown [Este também não, mas é giro...]

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09 junho 2008

Read at work

Brilhante. Só é pena o Windows e o Powerpoint, mas há-que saber disfarçar-se.

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16 maio 2008

Edson na TV



Graças ao excelente trabalho da equipa da ESECtv, o lançamento de O Espelho Atormentado, de Russel Edson, a 23 de Abril em Coimbra, ficou parcialmente documentado em vídeo.

Obrigado ESECtv. E obrigado mais uma vez à Camaleão e à Graça Capinha pela magnífica colaboração.

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24 abril 2008

Cansado



Recuperei um post de Outubro passado porque nunca me canso de ouvir Bobby McFerrin cantar com todo o corpo. Podia ter escolhido outro clip, mas este tem uma capacidade especial de me despertar calor, desejo. Hoje procuro refúgio nesse corpo que se elogia.

Dia de ressaca de uma festa que ficou aquém, não pelos intervenientes, todos eles brilhantes – belo grupo de amigos que se juntaram a nós, O Nuno, a Camaleão, a Graça Capinha –, mas pelo desinteresse do público. Obrigado a todos os que apareceram, um obrigado especial aos que contribuíram para uma sessão fora do comum, bem a propósito d'O Espelho Atormentado de Russell Edson.

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22 abril 2008

O Veterinário



É já amanhã, na Livraria Almedina do Estádio de Coimbra.

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18 abril 2008

Edson em Coimbra



É já na próxima quarta-feira, dia 23 de Abril, às 21h, que regressamos aos encontros OVNI, com a apresentação d'O Espelho Atormentado, de Russell Edson, na livraria Almedina do Estádio Cidade de Coimbra.

O encontro enquadra-se na celebração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor e contará com intervenções do grupo Camaleão, que já encenou textos do autor em Coimbra, e de Graça Capinha, professora da Faculdade de Letras de Coimbra e directora do Instituto de Estudos Norte-Americanos da Universidade e da revista Oficina de Poesia. O tradutor d'O Espelho, Guilherme Mendonça, tem presença por confirmar.

A OVNI agradece a presença (e a divulgação).

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08 abril 2008

Desacordo

A minha dúvida é: para que serve este acordo, a quem serve este acordo ortográfico? Mesmo descortinando algum ensejo de gestão da língua por vários países lusófonos, não me parece que esta mudança se deva fazer por imperativos políticos (que me desculpe o deputado Fazenda). Mas se assim for, então que façam uma aproximação real da ortografia e uniformizem-na de vez – nada de excepções. Se o objectivo é facilitar o ensino da língua e a sua expansão pelo mundo? Então simplifiquem a ortografia e uniformizem-na – nada de excepções.

Tal como está o acordo prejudica mais do que melhora e, como já vem sendo hábito na história nacional, uma oportunidade transforma-se num erro crasso. Não seria muito mais interessante, a bem da divulgação e crescimento da língua, que se estivesse a trabalhar na sua simplificação e aproximação real entre variantes, em vez de se definirem umas quantas regras que pouco ou nada adiantam, excepto os custos que vão provocar, tanto no ensino como na edição?

Por que não definir um padrão ortográfico comum simplificado, com base nas variantes e com objectivos claros?

Tal como está, este acordo não serve.

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24 março 2008

Um livro de outro mundo