08 junho 2010
18 setembro 2009
Para quê a banda-larga?
Finalmente uma notícia no Público que contraria a estupidez que é dar voz (quase exclusiva) aos que defendem uma política repressiva dos downloads ilegais na internet. Então, mas é assim tão difícil perceber que quem lucra verdadeiramente com os downloads ilegais não é quem os faz? Para que serve afinal a banda-larga, para conteúdos legais? Quais?
O vocalista da banda britânica Muse enviou um e-mail a Lily Allen, depois de a cantora ter criticado acerrimamente o sistema de partilha de ficheiros na Internet. Para Bellamy, “a partilha de ficheiros é a regra. Os detentores dos direitos é que não estão a saber taxar correctamente os fornecedores de acesso à Internet (ISP) e isto é uma matéria de leis”.
Bellamy compara a Internet à rádio e à televisão, defendendo que a “banda larga tornou basicamente a Internet no novo meio de difusão de informação. Este é o ponto que está a ser esquecido”, afirma. Mais à frente, detalha como deve ser taxado o tipo de uso que se faz da Internet. “O uso deve ter um valor. Alguém que apenas consulte os e-mails usa uma parcela mínima da banda larga”. Por outro lado, “alguém que faz downloads de um gigabyte por dia usa bem mais, mas neste momento pagam o mesmo. É óbvio qual o utilizador que está a atingir as indústrias criativas e é óbvio o que não está. Por esta razão, o tipo de utilização também devia ser taxado adequadamente”.
[…] Embora a discussão já vá ganhando alguns calos, o certo é que no Reino Unido a problemática em torno da partilha de ficheiros online tem vindo a ganhar contornos mais sérios. Associações de defesa dos downloads gratuitos têm protestado contra a vontade do governo britânico de impedir (se é que isso será possível) o actual sistema de partilha de ficheiros. Estas associações, em particular a Featured Artists Coalition, composta por membros de bandas tão ilustres como os Pink Floyd, Radiohead ou Blur, são contrariadas por outros músicos, como é o caso de Lily Allen e Patrick Wolf.
No seu blogue do MySpace, a cantora critica os músicos, por considerar que, para eles, não há qualquer problema com a pirataria musical, “porque enchem estádios e têm grandes colecções de Ferraris”. Segundo a BBC, a cantora considera a partilha ilegal de ficheiros “um desastre”, que está a ter “efeitos desastrosos” na música britânica.
Etiquetas: cinema, media, mentira, música, navegar, política, sociedade
04 maio 2009
Morreu o Vasco Granja
Vou sentir falta daquela sensibilidade para a diferença, para o novo, expressa de forma simples, amável. Sem ponta de pedantismo, até demasiado anónimo, talvez. A última vez que o vi não foi na tv, não era de animação que se tratava. Foi na rua, numa comemoração do 25 de Abril, creio. Lá estava, anónimo. E eu senti uma vontade enorme de me chegar ao pé dele e dizer-lhe: obrigado Vasco Granja. Obrigado por aqueles momentos estranhos em que figuras de plasticina dançavam ao som de ruídos incaracterísticos (música de vanguarda, certamente), ou aparas de lápis ou simplesmente riscos. Mas não fui. Achei, na altura, que deveria respeitar esse anonimato. Ou então tive vergonha. Hoje arrependo-me. Deveria ter lá ido. Deveria ter-lhe tocado como se tocasse num avô, que nos ensinam as coisas mais estranhas ao lado das mais comuns. Que nos fazem rir. Obrigado Vasco Granja.
Etiquetas: animação, arte, cinema, comunicação, criativo, dedicação, inspiração, memória, música, vídeo
19 novembro 2008
31 outubro 2008
A propósito de bruxas e outros símbolos deprimentes
Etiquetas: animação, cinema, ideias, livros, Tim Burton
14 outubro 2008
Bic cristal
A gente imagina que o mestre se socorre das melhores ferramentas.
Siza vai fazendo os seus esquissos com uma bic cristal, como se fora o mais fino aparo.
No documentário Siza Vieira, o arquitecto e a Cidade Velha, realizado por Catarina Alves Costa (2003) e que relata as atribulações de Álvaro Siza e da sua equipa, chamados a coordenar um projecto de recuperação da Cidade Velha, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. O objectivo seria a candidatura da cidade a Património Mundial da UNESCO, que não chegou a acontecer. A Cidade Velha, antes conhecida por Ribeira Grande, foi a primeira cidade fundada pelos portugueses em Cabo Verde, em 1462.
No documentário Siza Vieira, o arquitecto e a Cidade Velha, realizado por Catarina Alves Costa (2003) e que relata as atribulações de Álvaro Siza e da sua equipa, chamados a coordenar um projecto de recuperação da Cidade Velha, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. O objectivo seria a candidatura da cidade a Património Mundial da UNESCO, que não chegou a acontecer. A Cidade Velha, antes conhecida por Ribeira Grande, foi a primeira cidade fundada pelos portugueses em Cabo Verde, em 1462.
Etiquetas: arquitectura, arte, cinema, criativo, experiências