28 novembro 2009

Mais nada...

Se o árbitro nos anulou um golo legal, se nos assinalou um fora de jogo inexistente ou ainda se não assinalou uma grande penalidade, só há uma forma de estar: se nos anularam um golo, tentaremos fazer outro, se não assinalou uma grande penalidade, vamos continuar a atacar, porque da próxima vez pode não errar. Não podemos desistir! Esta tem de ser a nossa atitude. Se estivermos a ganhar 1-0, temos de ir à procura do segundo e do terceiro; se ganharmos um título, temos de fazer tudo para ganhar o segundo; se fizermos um bom jogo, temos de querer dar sequência com um segundo, um terceiro. Nunca nos podemos acomodar ao sucesso. Para nós não há limites.

(Entrevista de Ricardo Sá Pinto ao Record)

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05 junho 2009

Sem



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22 maio 2009

Cuba



Confesso que não vi Sicko, o documentário de Michael Moore sobre o sistema de saúde americano. Mas quando o link me chegou por email não resisti a espreitar o excerto (má qualidade de imagem mas dá para perceber a ideia; legendado em português).

“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua,
mas nenhuma delas é cubana”
Fidel Castro

Cuba e o seu regime podem ter muitos defeitos, mas é inquestionável, a julgar pelo sistema de saúde e de ensino da ilha, que é muito difícil, com os poucos recursos que têm e sujeitos a um embargo criminoso, conseguir o que os cubanos conseguem. É verdade, não há abundância, o regime não se compadece com a liberdade de expressão.
Mas será possível compatibilizar a ideologia sob a qual foi erigida a sociedade cubana com a ideologia capitalista que oprime por todo o mundo? O que conseguirão os cubanos fazer no dia em que a liberdade seja total?
Não é fácil responder a estas questões, sobretudo se tivermos em conta que há tantas ditaduras pelo mundo fora e que em nenhuma, de esquerda, de direita, religiosa ou não, se conseguiu (ou houve sequer a preocupação de) alcançar o que em Cuba se dá: educação, saúde e cultura. Apesar de toda a improbabilidade.
Cuba é um exemplo paradigmático de que não há regimes perfeitos, mas também de que não há só uma via para o mundo. É um exemplo de que há mais para a humanidade do que produzir e consumir, de que o que temos de mais humano é absolutamente oposto, se não incompatível, com um sistema de propriedade e de acumulação de riqueza.
A crise económica e financeira, suportada numa ideologia criminosa de não olhar a meios para obter mais lucro, é uma oportunidade de mudança, sobretudo da mentalidade humana. Esta crise só passará em definitivo se houver a decência e a coragem de dizer basta, de abdicar de privilégios e de exigir que quem explora recursos universais devolva ao mundo a capacidade de crescer de forma sustentada, natural, saudável e com futuro.

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04 maio 2009

Morreu o Vasco Granja

Vou sentir falta daquela sensibilidade para a diferença, para o novo, expressa de forma simples, amável. Sem ponta de pedantismo, até demasiado anónimo, talvez. A última vez que o vi não foi na tv, não era de animação que se tratava. Foi na rua, numa comemoração do 25 de Abril, creio. Lá estava, anónimo. E eu senti uma vontade enorme de me chegar ao pé dele e dizer-lhe: obrigado Vasco Granja. Obrigado por aqueles momentos estranhos em que figuras de plasticina dançavam ao som de ruídos incaracterísticos (música de vanguarda, certamente), ou aparas de lápis ou simplesmente riscos. Mas não fui. Achei, na altura, que deveria respeitar esse anonimato. Ou então tive vergonha. Hoje arrependo-me. Deveria ter lá ido. Deveria ter-lhe tocado como se tocasse num avô, que nos ensinam as coisas mais estranhas ao lado das mais comuns. Que nos fazem rir. Obrigado Vasco Granja.



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