17 setembro 2009

Raios me partam, e por H1N1?

Ao que parece, é mais provável um tipo morrer atingido por um raio do que por acção do H5N1, o famoso agente (lembram-se?) das gripe das aves. Então e por H1N1, será que é mais provável? A quem interessa afinal? Ao Donald Rumsfeld? Então mas a esse não era o petróleo ou a construção ou lá o que era? Não?

Etiquetas: , , , , , , , , , , , ,

07 julho 2009

(Ser) Constâncio é fixe

22 maio 2009

Cuba



Confesso que não vi Sicko, o documentário de Michael Moore sobre o sistema de saúde americano. Mas quando o link me chegou por email não resisti a espreitar o excerto (má qualidade de imagem mas dá para perceber a ideia; legendado em português).

“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua,
mas nenhuma delas é cubana”
Fidel Castro

Cuba e o seu regime podem ter muitos defeitos, mas é inquestionável, a julgar pelo sistema de saúde e de ensino da ilha, que é muito difícil, com os poucos recursos que têm e sujeitos a um embargo criminoso, conseguir o que os cubanos conseguem. É verdade, não há abundância, o regime não se compadece com a liberdade de expressão.
Mas será possível compatibilizar a ideologia sob a qual foi erigida a sociedade cubana com a ideologia capitalista que oprime por todo o mundo? O que conseguirão os cubanos fazer no dia em que a liberdade seja total?
Não é fácil responder a estas questões, sobretudo se tivermos em conta que há tantas ditaduras pelo mundo fora e que em nenhuma, de esquerda, de direita, religiosa ou não, se conseguiu (ou houve sequer a preocupação de) alcançar o que em Cuba se dá: educação, saúde e cultura. Apesar de toda a improbabilidade.
Cuba é um exemplo paradigmático de que não há regimes perfeitos, mas também de que não há só uma via para o mundo. É um exemplo de que há mais para a humanidade do que produzir e consumir, de que o que temos de mais humano é absolutamente oposto, se não incompatível, com um sistema de propriedade e de acumulação de riqueza.
A crise económica e financeira, suportada numa ideologia criminosa de não olhar a meios para obter mais lucro, é uma oportunidade de mudança, sobretudo da mentalidade humana. Esta crise só passará em definitivo se houver a decência e a coragem de dizer basta, de abdicar de privilégios e de exigir que quem explora recursos universais devolva ao mundo a capacidade de crescer de forma sustentada, natural, saudável e com futuro.

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , , , , ,

18 maio 2009

Orgia dos dinheiros públicos


Luiz Carlos Prates, jornalista brasileiro do jornal Diário Catarinense, comentdor do Jornal do Almoço, da RBS TV de Florianópolis, e apresentador da rádio CBN Diário e da TVCOM. É formado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Etiquetas: , , , , , , , , , ,

08 maio 2009

A cor do dinheiro

Ou o cheiro do dinheiro, desde que se lhe siga o rasto: 30 mil milhões de euros é a estimativa do que em Portugal foge ao registo das finanças a coberto do sigilo bancário, ficando assim isento de qualquer taxa. Ou seja, em contas de merceeiro, são 3 mil euros por cada português. Ou seja, aqui em casa são 9 mil euros por ano.

Meus amigos: se eu tivesse 9 mil euros escondidos do fisco estava todo contente, não por estarem escondidos mas por estarem na minha conta e poder usufruir deles. Mas se eu não os tenho alguém os tem. Quem será?

Etiquetas: , , , , , , , ,

06 maio 2009

E se tudo não passasse de uma grande teoria da conspiração?

Era suposto que os acontecimentos – a chamada “realidade” – divergissem do modelo que procura explicá-los? Ou que houvesse teorias mais simples e poupadas. Não?

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , ,

10 outubro 2008

Por que é que te calas?

Chegou-me por e-mail, pediam para divulgar e eu aceito o pedido:

ESTES SIM ... SÃO PRÉMIOS !!!

Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola

José de Oliveira e Costa:
Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

Rui Machete:
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho Executivo da FLAD

Armando Vara:
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP

Paulo Teixeira Pinto:
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de 'trabalho', saiu com 10 milhões de indemnização!!! e mais 35.000 EUR x 15 meses por ano até morrer...)

António Vitorino:
Antes - Ministro da Presidência e da Defesa
Agora - Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta (e ainda umas 'patacas' como comentador RTP)

Celeste Cardona:
Antes - Ministra da Justiça
Agora - Vogal do CA da CGD

José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES

João de Deus Pinheiro:
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português.

Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação -
Agora - Vogal do CA do BES

Ferreira do Amaral:
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato.

Etc.

O que é isto? Não, não é a América Latina, nem Angola.
É Portugal no seu esplendor.

Cunha? Gamanço?

... e depois este ESTADO até quer que se declarem as prendas de casamento e o seu valor.

Já é tempo de parar! Não te cales, DENUNCIA!

Etiquetas: , , , , , , , , , , ,

18 agosto 2008

Adeus férias. Olá Portugal

Empresário entregou chaves da empresa nas Finanças em protesto contra acção do Estado

Um empresário decidiu suspender o trabalho de uma fábrica têxtil da Covilhã e entregar as chaves nos serviços de Finanças, em protesto contra a acção do Estado, disse hoje o próprio à Agência Lusa.
O empresário António Lopes protesta contra o facto de a firma ser alvo de penhoras por dívidas ao fisco, mas ao mesmo tempo ter verbas bloqueadas e acesso à banca vedado devido ao atraso de decisões judiciais.
António Lopes reabriu a fábrica de fiação depois de a ter adquirido em Dezembro de 2005, num processo de insolvência no Tribunal da Covilhã, mas até hoje nunca houve trânsito em julgado da aquisição.

A recuperação da empresa "tem sido feita com capital próprio dos gerentes, porque sem o processo concluído, não temos acesso à banca", disse o empresário.

Por outro lado, "a Fiper depende do trânsito em julgado para boa cobrança de 388 mil euros de IVA, ao passo que as dívidas ao fisco são de 36 mil euros. É fácil fazer as contas", desabafou António Lopes.

Uma notificação de uma penhora, recebida no dia 06 de Agosto, foi a gota de água que fez transbordar o copo. "Temos dinheiro para a pagar, mas já chega de brincadeira", disse.

Simbolicamente António Lopes entregou as suas próprias chaves [da empresa] ao chefe da repartição de Finanças [da Covilhã] naquele dia. "Já não basta limitarem a nossa gestão, ainda nos querem levar o dinheiro que temos disponível. Se é assim, que venham gerir a fábrica", justificou.

"As chaves lá estão, a empresa está encerrada e os 48 trabalhadores estão de férias. É nossa intenção continuar assim que seja revogada a penhora", sublinhou.

António Lopes entende a situação da sua empresa como "um alerta" para o Governo.

"Não podemos com o nosso silêncio ser cúmplices do que consideramos ser a destruição das pequenas e médias empresas", afirmou.

"Num país onde 20 por cento dos empregados têm ordenados penhorados, mais de 200 mil empresas têm dívidas ao fisco e 50 mil empresários estão ou vão estar com processos crime, há que perguntar: 
temos um Governo ou uma comissão liquidatária?"
[...]

(No Público.)11.08.2008 - 17h18 Lusa

É o mesmo procedimento que está a ser aplicado à generalidade dos contribuintes. Passou-se do tempo em que a fuga era generalizada, mas era permitida toda a classe de desvios no pseudo-cumprimento (pagar dívidas ao fisco com acções de uma SAD sem valor real, lembram-se?), para um em que todo o cidadão é prevaricador e o que importa é cobrar, cobrar, cobrar sempre.

Os serviços definham, a sua falta de qualidade é atroz (veja-se as confusões com as cobranças de registos iguais por valores diferentes nas Conservatórias), e ainda assim estamos sempre a pagar mais.

Em boa verdade, começa a perceber-se por que é que a banca tem uma situação tão privilegiada em Portugal: no fundo, a banca é o exemplo que o Estado segue – menos e pior serviço, menor risco para o prestador, custos mais altos para o utilizador. E querem sempre mais.

Etiquetas: , , , , , , , , , , ,

03 julho 2008

consultapublica@erse.pt

From: xxxxx@xxxxxx
Subject: Revisão dos regulamentos de relações comerciais e tarifário
Date: 3 de julho de 2008 15:51:15 GMT+01:00
To: consultapublica@erse.pt

Exmos. Senhores,

Pelo presente e na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, venho manifestar e comunicar a Vossas Exas. a minha total discordância, e firme indignação relativamente à "proposta" – que considero absolutamente ilegal e inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e regulares pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores.

Estou seguro de que os actuais tarifários já consideram não só a parcela de valores incobráveis como a relativa à ineficiência do uso e da distribuição de energia, que é uma batalha muito mais urgente e que parece ir ficando esquecida.

Não é aceitável que os consumidores cumpridores sejam penalizados pela ineficácia de cobrança de qualquer empresa, seja pública ou privada, assim como não deveriam ser (e são) penalizados por outras ineficácias e ineficiências dos vários serviços, entre as quais as mais graves serão certamente o desperdício de recursos e a perda no transporte e distribuição.

Com os melhores cumprimentos,

xxxxxx

Etiquetas: , , , ,

13 junho 2008

PPP*

Alguém me explique, por favor, por que é que em Portugal o custo da implementação da ferrovia de alta-velocidade é mais elevado do que em outros países europeus. Então isto não foi vendido como um bom negócio para o país, um exemplo de gestão de dinheiros públicos e de partilha de risco com a iniciativa privada?

*PPP = Parecia Público (mas é) Privado

Etiquetas: , , , , , ,

12 junho 2008

Acção

Muito se tem escrito e falado nos últimos dias a propósito de ser ou não lícito o protesto levado a cabo por camionistas pelo país fora. A propósito de os bloqueios – que têm provocado carências um pouco por todo o lado, a começar nos combustíveis e a chegar a outros bens – serem contra o Estado de Direito.

Ora, vale a pena lembrar que o Estado só é de Direito, como alguns se arrogam, se cumprir com necessidades básicas dos elementos que o constituem, se cumprir as regras com que ele próprio se instituiu. E essas, está mais do que claro, há muito não são cumpridas– se é que alguma vez o foram –, colocando-se, logo aí, um impedimento definitivo para que as acções possam encontrar-se ou subsistir dentro do próprio Estado.

A um post na Machina Speculatrix acrescentei o seguinte comentário:

No contexto actual de falência generalizada, o Estado de Direito não é um valor inalienável, deve ser discutido, transformado.

O Estado de Direito já não é direito, é falho, e por isso, independentemente das movimentações políticas e da estreiteza das suas reivindicações, protestos como os dos pescadores e dos camionistas fazem todo o sentido, e não se pode querer arrumá-los dentro do sistema de cuja falência eles próprios são sinal claro.

Além disso, esperemos que não sejam os únicos protestos a fazer mover um descontentamento generalizado e activo, que deveria produzir-se na proporção em que vão faltando medidas que corrijam as imensas desigualdades e injustiças sociais, não só entre os cidadãos mas entre instituições, empresas, etc.

Este sistema faliu, que mais provas (e provações) serão necessárias?

Não é já claro que não chegam a reforma administrativa, simplexes, novas oportunidades, etc., etc.?

Não é já claro que há mudanças profundas e globais que se exigem, e que é nas sociedades mais desequilibradas como a nossa que elas são mais prementes?


Por outras palavras, alguém acredita que ainda é possível mudar o sistema por dentro?

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , ,

25 março 2008

Douradinhos



Não, não é o Capitão Iglo, é mais tipo Sargento Tainha. Lembram-se do Sargento Tainha? E do seu amiguinho Otto, hein?



A propósito de uma notícia de hoje.

(Beetle Bailey – entre nós Recruta Zero – foi criado por Mort Walker.)

Etiquetas: , , ,